quinta-feira, 30 de abril de 2009

O teaser do novo filme de Ken Loach...

...é promissor.

Um pouco mais light do que o diretor costuma fazer mas é difícil imaginá-lo errando a mão quando o assunto é classe trabalhadora inglesa.

By The Way, O Eric do título é o Romário francês (em marra, não em futebol, é claro) Eric Cantona.

Aliás, alguém poderia juntar os dois com o atacante búlgaro, Stoichkov, e fazer um Rat Pack de ex-boleiros.

É claro, só falta ensiná-los a cantar, dançar e atuar.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Imagine you arrive at Eden through the woods...

Música barroca de fundo. Mulher relaxa com olhos fechados numa poltrona.

Willem Dafoe: "Feel the seat underneath you"...

Nada mais zen e reconfortante, né?

A-hã.



Lars von Trier's Antichrist - Official Trailer from Zentropa on Vimeo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

180 capítulos em 3 minutos

Em Agosto de 2008, a TV Globo Internacional nos chamou para fazer as "promos" de alguns de seus programas. Estas são na verdade peças de venda (trailers ou teasers, entre 2 e 4 minutos) para promover sua programação em feiras e eventos ao redor do mundo, como o Mipcom, em Cannes, e a Natpe, nas Americas.

Fizemos promos para as novelas "A Favorita" e "Caminho das Índias", o seriado "Os Normais" e a série "Maysa". Todos tiveram ótima recepção e cumpriram seu papel em apoiar a equipe de vendas da TV Globo Internacional.

Foi um desafio. No caso das novelas, era como escrever um "twitter" fazendo uma sinopse e ao mesmo tempo promovendo um romance de Jorge Amado.

Mais complicado ainda foi fazer uma promo para "Os Normais". A série que foi um tremendo sucesso aqui no Brasil ainda não havia conseguido "emplacar" no gosto das emissoras estrangeiras. Aparentemente, o humor do Rui e da Vani não resistia à tradução para outras línguas. Foi aí que a Globo nos chamou.

Juntos, desenvolvemos uma nova estratégia para criação de uma promo bem diferente das que eles vinham utilizando até então. Optamos por um estilo visual alla revistas femininas. Cartelas com conselhos sentimentais bem cliches, que casariam muito bem com os conflitos vividos pelos protagonistas, foram intercaladas ao longo da peça.

E não é que funcionou?

aqui a prova!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ingresso.com.fila.

Ser carioca é aprender um pouco a cada dia. E desaprender também. Por exemplo, sempre tive pra mim que o carioca tem o dever cívico de encarar uma fila. A gente pode não saber pra quê ela serve, mas se tem uma fila é nela o nosso lugar.

Pois bem, ontem eu descobri que esperar numa fila é também um privilégio. E como tanto, tem um preço: R$4.00. Este é o valor acrescido ao ingresso vendido pela Ingresso.com. A tal "taxa de conveniência" no resto do mundo garante ao cidadão o direito de não enfrentar fila. Mas na Casa da Cultura Laura Alvim é diferente. Lá, a "conveniência" é você esperar na fila, já que você precisa retirar o ingresso na bilheteria. E detalhe: a fila para o caixa é única e com você estão todos que ainda não compraram sua entrada. Genial, não?

domingo, 19 de abril de 2009

O Filme Esforçado

Tem filme que a gente se esforça pra gostar. Às vezes por conta de uma pré-disposição, uma simpatia com o assunto ou com o diretor. Em geral, essas ou são produções atribuladas ou que pecam pela inexperiência da equipe que tocou o projeto. Tudo isso acaba justificando uma tolerância maior por parte do espectador.

Assim nasce o “filme esforçado”.

Gran Torino” teve uma produção sem grandes percalços. Seu diretor, Clint Eastwood, já mandou muito chumbo na frente e por trás das câmeras. Então, por que a crítica fez vista grossa a série de defeitos desse filme esforçado?

Por que Clint é o cara. São poucos aqueles que conseguiram cruzar a história do cinema, criando e destruindo seus próprios estereótipos com a naturalidade de quem atravessa as highways de um país cheio de contrastes, com seu Gran Torino 1972, sem ser perturbado por ninguém. É difícil imaginar alguém do seu porte fazendo uma bobagem.

Pois "Gran Torino" é uma bobagem com duas horas de duração.

Menos de cinco minutos filme adentro e as barbeiragens começam. Logo na primeira cena, no funeral da mulher do amargo Walt Kowalski, o personagem de Clint Eastwood, os diálogos nos esfregam na fuça a história que está por vir. Ao invés de revelar, explica-se.

O tom artificial e forçado da história é agravado quando surgem os personagens vietnamitas, que formam com Kowalski o eixo narrativo de "Gran Torino". É difícil encontrar algo de humano por trás da relação entre o preconceituoso ex-combatente da Guerra da Coréia e seus vizinhos, os imigrantes asiáticos. A atuação de boa parte do elenco é risível. Bee Vang e Ahney Her, que interpretam dois irmãos perseguidos por uma gangue vietnamita, parecem saídos de um cursinho de teatro. Apesar de fundamentais para trama, eles mal aparecem no trailer! Não existe subtexto ou sinais de psiquê ativa por trás das ações dos seus personagens. Eles dizem exatamente o que pensam. E pensam só o que é necessário para que a história progrida.

Nem mesmo Clint Eastwood consegue compor um personagem verosssímil . É agradavelmente “cult”, em tempos politicamente corretos, rir de de alguém tão caricato em seus comentários preconceituosos. Mas tirando tais epítetos racistas, pouco resta de memorável. Parece que Clint achou que xingamentos e grunhidos, outra forma de expressão predileta de Kowalski, são o suficiente para construir um personagem. Coisa de diretor preguiçoso?

Não sei como isso passa despercebido ou é tolerado pela crítica. Talvez por que existe uma expectativa que Clint faça um mea-culpa pelos seus anos como “Dirty Harry” e Kowalski lembra em muito um justiceiro arrependido.

Qualquer nuance político ou social não vinga diante de tantos problemas estruturais que o filme apresenta. Pelo menos pra quem não quer fazer esforço quando vai ao cinema!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Rolo Tatuí Filmes

Tá aí, gente amiga! Inaugurando este casamento entre o "Trailer, Pipoca e etc..." e nosso canal do youtube...

... o nosso rolo compressor!

E para os youtubers mais profissas, inscrevam-se no nosso canal: www.youtube.com/tatuifilmes

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Trailer, pipoca... pra quê???

Por que cinema sem trailer e pipoca não é cinema. É filme. E filme, hoje em dia, tá em tudo que é canto. Basta ter uma telinha. Micra. Plana. Plasma. No celular ou dentro do elevador que nos leva pro batente. Qualquer lugar é lugar e qualquer é hora é hora.

Mas mesmo com toda essa ubiquidade, essa disponibilidade absurda de conteúdo e de maneiras de assistí-lo, por que ainda desembolsamos uma grana e nos enfurnamos numa sala escura com um bando de desconhecidos por mais de duas horas atrás de um prazer efêmero e incerto?


Se foi sexo grupal o que passou pela sua cabeça quando lia o parágrafo acima, provavelmente este blog vai decepcioná-lo.

Aqui se bloga sobre a emoção que o cinema provoca. Do apagar das luzes até a última linha dos créditos que encerram a sessão.

E, é claro, sobre trailers. Muitos trailers.

Vai uma pipoquinha aí?